Eventos solenes pedem frases solenes. Desde que fora escolhido para ser o primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, o comandante da Apolo 11 ouvira sugestões que incluíram de passagens da Bíblia a versos de Shakespeare.
Não podia ser simplesmente uma frase mais natural como "quanta poeira", menos pretenciosa, como "quem diria, conseguimos", mais útil como informação "andar aqui é fácil/difícil/gostoso/dói a perna" ou mais realista "estou preocupado com a volta", como Roberto Pompeu de Toledo uma vez protestou, ao invés de ‘‘este é um passo pequeno para um homem, mas um salto gigantesco para a humanidade’’?
Definitivamente não. E Toledo desconhecia ou omitiu que na verdade, havia um receio que a primeira palavra de um homem na Lua seria ‘’socorro !’’ Um evento de tal magnitude envolvia certos riscos, que são desnecessários expô-los aqui.
Pois bem, Armstrong e sua frase entraram para a História. Desafio o leitor a dizer o nome dos outros astronautas do projeto Apolo. Um desceu juntamente com Armstrong no modulo Lunar Eagle, foi o segundo homem a pisar na Lua, 15 minutos após Neil. O outro permaneceu orbitando a Lua. Poucos sabem, o único a ficar realmente famoso foi Armstrong. O nome do segundo homem é Buzz Aldrin, e Michael Collins foi quem permaneceu em órbita.
Pobre Aldrin. Ainda convalescendo dos surtos de inveja que o assaltaram depois da escolha de Armstrong, ao pisar em solo Lunar, exclamou: "Linda vista".
E por que coube a Armstrong pisar a Lua pela primeira vez na História? Uma resposta óbvia é porque era ele o comandante da missão.
Mas Aldrin não achava as coisas tão simples. Nem sua família. "Por que você não foi o primeiro?", perguntou-lhe o pai ao recepcionar o astronauta. Depois de deixar o programa espacial, o segundo homem a descer na Lua quase sucumbiu à depressão e ao alcoolismo, enquanto Armstrong recebia os louros e a atenção de todos pela conquista.
Mas há uma explicação menos louvável para a escolha Armstrong. Mesmo sendo o chefe da missão, Armstrong não era o mais importante. Como já foi dito, suspeitava-se que ele gritaria por socorro ao pisar na Lua, e somente uma pessoa dispensável poderia correr tal risco. Aldrin não poderia, porque era ele o piloto do Módulo Lunar Eagle, que os levaria de volta ao encontro de Collins, que orbitava a Lua no Columbia. E este era mais importante que Aldrin, pois era o responsável pelo retorno à Terra.
Essa história ilustra um dos pincípios do sistema corporativo. O seu chefe muitas vezes será um sujeito mais incompetente que você, pois esta na chefia porque é o lugar onde ele poderá fazer menos estragos. Mas não se engane, será sempre dele os méritos do seu trabalho.
Pobre Aldrin.
--Doutorsmith--
2 comentários:
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aldrin nunca pisou na lua. nem ninguém que tenha voltado.
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